DIÁRIO DE COIMBRA – MARTA COSTA: MENÇÃO HONROSA DO PRÉMIO ADRIANO LUCAS 2015
3 de janeiro de 2016
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Casos de vida Muitos jovens terminam os seus cursos e, por vários motivos, rumam ao estrangeiro onde todo um mundo novo, de desafios e de oportunidades, os aguarda
“Este parte, aquele parte / E todos, todos se vão”, cantava assim Adriano Correia de Oliveira nos anos 60. O Cantar de Emigração podia ser cantado hoje para os jovens que saem das universidades portuguesas. Coimbra é cidade dos estudantes, acolhe para ensinar e logo depois despede-se deles. Durante anos, ouvimos dizer que são os estudantes de hoje que vão pegar no leme do país amanhã. No entanto, são cada vez mais esses mesmos estudantes que sentem que o leme português não vai ser o seu. E partem. É impossível saber com exatidão o número de recém-graduados pela Universidade de Coimbra (UC) que terminaram a sua formação e emigraram. Num universo de mais de 23 mil alunos, a realidade pode ser dura e os casos vão-se multiplicando. Foi a “falta de perspectiva de progressão de carreira, o estado do país e salário” que levaram Ana Maria Oliveira, 31 anos, a sair de Portugal em 2013. Terminado o curso de Jornalismo pela Faculdade de Letras da UC (FLUC), hoje vive e trabalha em Dublin, República da Irlanda, onde é diretora de Marketing e Comunicação da SsangYong Motors Ireland. Antes, passou por Belfast, no Reino Unido, onde também assumiu um cargo de relevo na área do Marketing de outra empresa. Lá fora, Ana Maria sente que “as coisas demoram menos tempo a progredir”. Há “mais respeito no mercado de trabalho, mais oportunidades”, afirma.
Leia a reportagem completa na versão em papel aqui.
José M Pedro says:
7 Janeiro, 2016 at 15:28 -
É preciso dinamizar as empresas que já existem e criar outras que possam colocar novos produtos no mercado global. Enquanto as nossas empresas não conseguirem colocar novos produtos no exterior de Portugal não conseguem criar emprego para este novos licenciados. Entretanto, todos nós continuamos a comprar produtos importados e a criar emprego no exterior de Portugal às empresas que produzem esses produtos. Este ciclo criador de novos produtos é que dá emprego. As nossas empresas têm de ser capazes de investir nos melhores alunos para criarem esses novos produtos que nos vão tirar da miséria e fazer reduzir a emigração.